sábado, 4 de junho de 2016

Instruções a Lecor - Para a Invasão do Uruguay - 04 de junho de 1816


FBN I História - 200 anos da invasão do Uruguai por tropas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Há 200 anos, as tropas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves invadiram o território da Banda Oriental do Uruguai  na chamada Guerras contra Artigas. Com isso, aprofundou-se um conflito político-militar que traria a independência da colónia espanhola em 1828, em uma questão que envolvia interesses  de brasileiros e argentinos.

Os motivos da invasão podem ser atribuídos ao interesse português em atacar um domínio espanhol, aproveitando-se da vulnerabilidade do referido país cujo rei, D. Fernando, fora feito prisioneiro por Napoleão Bonaparte na Europa e, ainda, ao objetivo do Reino português em garantir a livre navegação no Rio da Prata, possibilitando uma comunicação mais rápida com a inóspita região na qual hoje se situa o estado de Mato Grosso.
Coube ao militar português Carlos Frederico Lecor o comando das tropas do Reino de Portugal, Brasil e Algarves, que foram nomeadas como Divisão de Voluntários Reais. Essa organização militar ficaria responsável por invadir o território uruguaio e combater o líder José Gervásio Artigas.

O documento em questão é uma cópia autenticada de época feita pelo militar e maçom José Domingos de Ataíde Moncorvo e intitula-se “Cópia das Instruções dadas ao General Lecor. 04 de junho de 1816” e está disponível para consulta na Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional. De acordo com o Catálogo da Exposição de História do Brasil, as instruções elaboradas pelo responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, Fernando José de Portugal e Castro, o Marquês de Aguiar, “versam sobre a ocupação da praça de Montevidéu e outros negócios portugueses no Rio da Prata”.
Leia e baixe as 32 páginas do documento:https://blogdabn.files.wordpress.com/2016/05/consolidado.pdf



https://blogdabn.files.wordpress.com/2016/05/consolidado.pdf

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

       Os Soberanos e os Povos

«Portugueses e Espanhóis ! É o vosso patriotismo, é a vossa intrepidez, quem vos restituiu a liberdade, e vos conduzirá os vossos legítimos soberanos”.[1]

Assim se exprimia José Acúrsio das Neves no Manifesto da Razão o primeiro de um conjunto de panfletos patrióticos escritos a partir de 1808. Até então um obscuro bacharel em Leis da Universidade de Coimbra mas que se tornará um dos mais notáveis economistas portugueses do séc. XIX José Acúrsio analisava os sucessos e vaticinava os acontecimentos com uma grandeza de sentimentos e uma profundidade de conhecimentos fora do comum, lembrando Edmund Burke. E a sua voz apoiada na História da Restauração em 1808-1809 terá um eco vigoroso em panfletos e histórias em língua inglesa e alemã sobre a Guerra da Península.[2]




[1] Acúrsio,  vol. 5 , p.81 Despertador dos Soberanos e dos Povos”
[2] Almodovar e armando de castro