quinta-feira, 26 de outubro de 2017



1808 - A Vinda da Família Real para o Brasil


https://www.youtube.com/watch?v=D2fvC74UeAY



Dom João no Brasil (Canal FUTURA) TODOS OS EPISÓDIOS Ficha técnica Roteiro e direção: André Loureiro e Cristiana Bittencourt

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Soneto do Abade de Jazente



Desterrado murmura o Jesuíta,
O Dominico seu logar pretende,
O Nery novos methodos defende
E ás ricas confessadas faz visita:

Intrometter-se o Grillo premedita;
O Cruzio,que está só,francez aprende,
E em casa do juiz, de quem depende,
Entra com pés de lan o Carmelita:


O Capucho no estrado toma assento.
Exorcisma, e responsa qualquer damno,
E depois sempre traz para o convento:


O Loio é fofo, triste o Graciano,
Tolo o Bernardo, comedor o Bento,
O Franciscano, enfim, é Franciscano.

SONETO de 1808 - Napoleão falando com Junot

J. — Cheguei, vi, e venci. Senhor, sêm custo,

Dei saques, roubei templos sagrados,
De brilhantes adornos despojados
Padrões ergui a teu nome Augusto.
Com tramóias enchi de pranto e susto
Os Lusos a vencer acostumados,
Milhões sobre milhões forão roubados
Aos vassalos d'um Príncipe o mais justo.
Eis que um dia nascido para azares
A revezes fataes da sorte esquerda
A gloria demos a quem rege os mares.
N. — Meu General, a gloria é fraca perda.
Onde estão os milhões ? J. Nos Lusos lares.
N. — Não trazes os milhões? Vai beber da m. . . 

sábado, 4 de junho de 2016

Instruções a Lecor - Para a Invasão do Uruguay - 04 de junho de 1816


FBN I História - 200 anos da invasão do Uruguai por tropas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Há 200 anos, as tropas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves invadiram o território da Banda Oriental do Uruguai  na chamada Guerras contra Artigas. Com isso, aprofundou-se um conflito político-militar que traria a independência da colónia espanhola em 1828, em uma questão que envolvia interesses  de brasileiros e argentinos.

Os motivos da invasão podem ser atribuídos ao interesse português em atacar um domínio espanhol, aproveitando-se da vulnerabilidade do referido país cujo rei, D. Fernando, fora feito prisioneiro por Napoleão Bonaparte na Europa e, ainda, ao objetivo do Reino português em garantir a livre navegação no Rio da Prata, possibilitando uma comunicação mais rápida com a inóspita região na qual hoje se situa o estado de Mato Grosso.
Coube ao militar português Carlos Frederico Lecor o comando das tropas do Reino de Portugal, Brasil e Algarves, que foram nomeadas como Divisão de Voluntários Reais. Essa organização militar ficaria responsável por invadir o território uruguaio e combater o líder José Gervásio Artigas.

O documento em questão é uma cópia autenticada de época feita pelo militar e maçom José Domingos de Ataíde Moncorvo e intitula-se “Cópia das Instruções dadas ao General Lecor. 04 de junho de 1816” e está disponível para consulta na Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional. De acordo com o Catálogo da Exposição de História do Brasil, as instruções elaboradas pelo responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, Fernando José de Portugal e Castro, o Marquês de Aguiar, “versam sobre a ocupação da praça de Montevidéu e outros negócios portugueses no Rio da Prata”.
Leia e baixe as 32 páginas do documento:https://blogdabn.files.wordpress.com/2016/05/consolidado.pdf



https://blogdabn.files.wordpress.com/2016/05/consolidado.pdf

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

       Os Soberanos e os Povos

«Portugueses e Espanhóis ! É o vosso patriotismo, é a vossa intrepidez, quem vos restituiu a liberdade, e vos conduzirá os vossos legítimos soberanos”.[1]

Assim se exprimia José Acúrsio das Neves no Manifesto da Razão o primeiro de um conjunto de panfletos patrióticos escritos a partir de 1808. Até então um obscuro bacharel em Leis da Universidade de Coimbra mas que se tornará um dos mais notáveis economistas portugueses do séc. XIX José Acúrsio analisava os sucessos e vaticinava os acontecimentos com uma grandeza de sentimentos e uma profundidade de conhecimentos fora do comum, lembrando Edmund Burke. E a sua voz apoiada na História da Restauração em 1808-1809 terá um eco vigoroso em panfletos e histórias em língua inglesa e alemã sobre a Guerra da Península.[2]




[1] Acúrsio,  vol. 5 , p.81 Despertador dos Soberanos e dos Povos”
[2] Almodovar e armando de castro

domingo, 12 de julho de 2009

José Agostinho de Macedo


Está por estudar José Agostinho de MAcedo no Âmbito da Guerra Peninsular. Além dos Sermões, Odes Epístolas em louvor de personalidades da época, e dos Pareceres e Alusões o essencial da obra de MAcedo no período entre 1808 e 18115 exprime-se em debates criadores de opinião pública sobre as potências e as atitudes decorrentes da Guerra. As obras como o GAMA e mesmo o Newton, com a sua piscadela de olho aos ingleses,ressumam de um espírito de epopeia a que faltou encontrar o objecto próprio.l E o MOtim literário e o poema satírico ( e porco) Os BURROS estão cheios de alusões à Guerra que falta explorar. Mas isso há-de-se fazer.

 O Novo Argonauta (1809)
 Newton, poema filosofico (1813
 Ode a Lord Wellington
 1ª Ode a Alexandre Imperador da Russia
 2ª Ode a Alexandre Imperador da Russia
 Ode à Ambição de Bonaparte
 Ode ao General Kutusow

 Epistola a Lord Wellington
 Epistola às Nações Aliadas na Passagem do Reno
 Epistola em resposta a outra de Maio e Lima
 Os Sebastianistas
 Justa defesa do livro intitulado "Os Sebastianistas"

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Os Quintos da Arrifana

As Invasões Francesas, que, no princípio do século passado, deixaram marcas no concelho da Feira, estão particularmente ligadas a Arrifana por um episódio horroroso e da mais atroz barbaridade. Na freguesia ergue-se o Monumento aos Mártires em memória dos homens fuzilados pelo exército napoleónico, em 17 de Abril de 1809. O massacre, acompanhado do saque da povoação, surgiu como represália à emboscada montada em Riba-Ul e dirigida por um natural de Arrifana, em que perdeu a vida, entre outros, um oficial francês sobrinho do general Soult. O povo, aflito, fugiu a esconder-se na igreja, mas nem assim escapou aos intentos assassinos dos franceses, que o fez sair ordeiramente, contando um, dois, três, quatro e, chegando ao quinto, agarrando-o para ser fuzilado no Campo da Bussiqueira. Segundo os mais fundamentalistas, terão morrido — entre homens, mulheres e crianças — perto de trezentas pessoas. Só escaparam os que o acaso escondeu por debaixo dos cadáveres.
O monumento (obelisco assente sobre pedestal) foi descerrado em 17 de Abril de 1914, na sequência das comemorações do centenário daquele trágico acontecimento. Uma placa de bronze, na frente, apresenta a cena do fuzilamento, em baixo-relevo, tendo ao fundo uma coroa de louros, com fita, onde se pode ler "Arrifana 1809-1914". No soco da base está um pequena placa, com as seguintes datas e letras abertas: "1809-1959/J. F. A." Do lado direito, uma outra placa com a seguinte inscrição: "Erigido/Pelo Povo de Arrifana/No/Primeiro Centenário/Da/Guerra Peninsular/Com o concurso/Da/Comissão Oficial Executiva/Do/Dito Centenário". Do lado posterior a placa reza: "Aos 17 de Abril de 1809/Foram barbaramente/Trucidados e fuzilados/Pelas tropas de Soult/71 mancebos de Arrifana/E lugares próximos em/ /Repre-sália de um ataque/Dirigido contra alguns oficiais e soldados/Franceses". A placa da esquerda diz simplesmente: "Solenemente/Inaugurado/Em/17 de Abril de 1914".